sexta-feira, 14 de outubro de 2011

O Cristo inconfundível

Mas Jesus assinala a sua passagem pela Terra com o selo constante da mais augusta caridade e do mais abnegado amor. Suas parábolas e advertências estão impregnadas do perfume das verdades eternas e gloriosas. A manjedoura e o calvário são lições maravilhosas, cujas claridades iluminam os caminhos milenários da humanidade inteira, e sobretudo os seus exemplos e atos constituem um roteiro de todas as grandiosas finalidades, no aperfeiçoamento da vida terrestre. Com esses elementos, fez uma revolução espiritual que permanece no globo há dois milênios. Respeitando as leis do mundo, aludindo à efígie de César, ensinou as criaturas humanas a se elevarem para Deus, na dilatada compreensão das mais santas verdades da vida. Remodelou todos os conceitos da vida social, exemplificando a mais pura fraternidade. Cumprindo a Lei Antiga, encheu-lhe o organismo de tolerância, de piedade e de amor, com as suas lições na praça pública, em frente das criaturas desregradas e infelizes, e somente Ele ensinou o "Amai-vos uns aos outros", vivendo a situação de quem sabia cumpri-lo. Os Espíritos incapacitados de o compreender podem alegar que as suas fórmulas verbais eram antigas e conhecidas; mas ninguém poderá contestar que a sua exemplificação foi única, até agora, na face da Terra. A maioria dos missionários religiosos da antigüidade se compunha de príncipes, de sábios ou de grandes iniciados, que saíam da intimidade confortável dos palácios e dos templos; mas o Senhor da semeadura e da seara era a personificação de toda a sabedoria, de todo o amor, e o seu único palácio era a tenda humilde de um carpinteiro, onde fazia questão de ensinar à posteridade que a verdadeira aristocracia deve ser a do trabalho, lançando a fórmula sagrada, definida pelo pensamento moderno, como o coletivismo das mãos, aliado ao individualismo dos corações - síntese social para a qual caminham as coletividades dos tempos que passam - e que, desprezando todas as convenções e honrarias terrestres, preferiu não possuir pedra onde repousasse o pensamento dolorido, a fim de que aprendessem os seus irmãos a lição inesquecível do "Caminho, da Verdade e da Vida".

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Preparação do cristianismo

As lições da Palestina foram, desse modo, precedidas de laboriosa e longa preparação na intimidade dos milênios Os sacerdotes de todas as grandes religiões do passado supuseram, nos seus mestres e nos seus mais altos iniciados, a personalidade do Senhor, mas temos de convir que Jesus foi inconfundível. À luz significativa da história, observamos muitas vezes, nos seus auxiliares ou instrumentos humanos, as características das vulgaridades terrestres. Alguns foram ditadores de consciências, enérgicos e ferozes no sentido de manter e fomentar a fé; outros, traídos em suas forças e desprezando os compromissos sagrados com o Salvador, longe de serem instrumentos do Divino Mestre, abusaram da própria liberdade, dando ouvidos às forças subversivas da Treva, prejudicando a harmonia geral. Mas Jesus assinala a sua passagem pela Terra com o selo constante da mais augusta caridade e do mais abnegado amor. Suas parábolas e advertências estão impregnadas do perfume das verdades eternas e gloriosas. A manjedoura e o calvário são lições maravilhosas, cujas claridades iluminam os caminhos milenários da humanidade inteira, e sobretudo os seus exemplos e atos constituem um roteiro de todas as grandiosas finalidades, no aperfeiçoamento da vida terrestre. Com esses elementos, fez uma revolução espiritual que permanece no globo há dois milênios. Respeitando as leis do mundo, aludindo à efígie de César, ensinou as criaturas humanas a se elevarem para Deus, na dilatada compreensão das mais santas verdades da vida. Remodelou todos os conceitos da vida social, exemplificando a mais pura fraternidade. Cumprindo a Lei Antiga, encheu-lhe o organismo de tolerância, de piedade e de amor, com as suas lições na praça pública, em frente das criaturas desregradas e infelizes, e somente Ele ensinou o "Amai-vos uns aos outros", vivendo a situação de quem sabia cumpri-lo. Os Espíritos incapacitados de o compreender podem alegar que as suas fórmulas verbais eram antigas e conhecidas; mas ninguém poderá contestar que a sua exemplificação foi única, até agora, na face da Terra. A maioria dos missionários religiosos da antigüidade se compunha de príncipes, de sábios ou de grandes iniciados, que saíam da intimidade confortável dos palácios e dos templos; mas o Senhor da semeadura e da seara era a personificação de toda a sabedoria, de todo o amor, e o seu único palácio era a tenda humilde de um carpinteiro, onde fazia questão de ensinar à posteridade que a verdadeira aristocracia deve ser a do trabalho, lançando a fórmula sagrada, definida pelo pensamento moderno, como o coletivismo das mãos, aliado ao individualismo dos corações - síntese social para a qual caminham as coletividades dos tempos que passam - e que, desprezando todas as convenções e honrarias terrestres, preferiu não possuir pedra onde repousasse o pensamento dolorido, a fim de que aprendessem os seus irmãos a lição inesquecível do "Caminho, da Verdade e da Vida".